"Minhas raízes são aéreas"
A travessia de uma psicóloga sem fronteiras que escolheu ver o lado B do mundoEliane Brum
E aí, você largou tudo e se foi para o Haiti?
Debora – A gata ficou com a vizinha, uma amiga minha do Sul. Fui lá, deixei a Filomena com todas as bagagens na casa dela. Pedi demissão, acabei o mestrado, tudo para passar um mês. Porque era uma missão de urgência. Entreguei o apartamento, deixei os móveis no meio do corredor porque não tinha condições de distribuir tudo rápido. Só que essa missão se prolongou para quatro meses e meio...
Foi fácil esse desapego pelas suas coisas?
Debora - O que não é possível carregar comigo é porque não é meu. As pessoas diziam... “Mas você vai deixar tudo? Máquina de lavar no meio do corredor, televisão... e se roubarem?” Se roubarem, roubaram... O que eu vou fazer? Não posso passar minha vida inteira segurando uma televisão na mão... Lembro que eu ia recebendo emails dos vizinhos ao longo dos meses. “Posso ficar com a sua máquina de lavar roupa?” Pode. “O seu quadro está no meio do corredor... posso botar na minha casa?” Pode. E aí, quando eu voltei, foi bem legal, porque fui indo em cada vizinho, tocando na porta... Você tem alguma coisa minha? “Tenho, seu guarda-roupa está aqui...” Foi bem interessante.
Leia na íntegra: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI228050-15230,00-MINHAS+RAIZES+SAO+AEREAS.html
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